terça-feira, 9 de março de 2010

Quando uma lua se põe, um grande sol renasce...



Prometi postar um texto desde o ano passado e embora - tenho certeza disso – ninguém vá se lembrar desta promessa e nem tão pouco me cobrar o seu cumprimento (he he he), minha cabeça fica sempre martelando... É que minha memória é incrível para as coisas escritas. O que é, no mínimo curioso, porque, também o que não está escrito até parece que não aconteceu: esqueço quase que completamente. Infelizmente esta regrinha da minha mente não vale para as grandes e fortes emoções... Seria ótimo, né? Eu escreveria todos os bons momentos para jamais esquecê-los e nunca escreveria sobre as dores e tristezas e elas simplesmente desapareceriam. Na verdade, acabei de me dar conta que no campo das emoções funciona exatamente ao contrário. Só consigo me curar das dores que estão escritas. Mesmo que não tenha sido eu quem as escrevi. Ainda bem! Porque as vezes os sentimentos são tão fortes que minha confusão mental é tão grande que eu seria incapaz de ordená-los num texto. Mas basta que eu consiga identificar o meu sentimento tão bem descrito em algum lugar... e pronto. Começa o meu processo de superação....
Foi assim com o texto a seguir. Eram palavras tão perfeitas para o meu momento que pareciam (ou foram mesmo?!)sopradas para minha amiga por algum AMIGO em comum... Foi depois de ler este texto que tudo começou a fazer algum sentido. Pude começar a ordenar minha cabeça "em chamas" e depois de ler e escrever muito encontrei o meu caminho para cura...

De: Alba Para: Mari e Marcus

"Eu vou tentar falar na linguagem simples dos índios...”Quando uma lua se põe, um sol nasce. Para que uma sol nasça, é preciso que a lua se ponha.”
A gente não compreende perfeitamente o mistério da Vida. Mas o que eu “aprendi” é que a vida é um segundo de consciência entre dois mistérios que são um. Quando a nossa lua se põe, o nosso sol renasce.
A vida e a morte são amigas, companheiras, ainda que a gente não entenda. Ainda que doa em nosso coração simples. Mas dentro da nossa dor, da nossa lua, encontramos a Força. Ás vezes, até a nossa paz, paz do dever cumprido, do amor carinhosamente dado, de poder dizer sim à Vida, numa tarefa, missão, algumas vezes árdua. Mas o Mistério nos permite isso: dizer Sim, sem muitas vezes sequer compreender o sentido. Ser instrumentos de uma sinfonia maior. Nós somos muitas vezes a ponte, apenas a ponte para uma expressão da Vida que o espírito anseia completar. E o pequeno ensina ao grande.
Mas estamos aqui, de pé, prontos para esse sim, como as árvores. Que o Grande Pai Maior, lhes cubra de bênçãos, de forças, de compreensão. E que no Silêncio do seu coração, a aceitação do que é esse mistério, lhes acalme, lhes traga essa paz. Porque o Sol de João renasceu, e onde ele Vive, ele possui um coração são que ainda não nos foi dado. E a gente se curva diante da grandeza do amor do Pai e da coragem da Mãe.
Que os meus amigos iluminados pela consciência da Verdade do espírito, os abençoem, porque “quando a lua se põe, um grande sol renasce!”

Com amor, da amiga de sempre, sempre..."